25 de março de 2006

poeminha do contra



"Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão
Eu passarinho"
Mario Quintana

13 de março de 2006

Humanos , demasiado estranhos

Eu vou me atrever a falar da coisa mais linda, mais amada por Deus (por mim nem sempre) e mais complicada que ele na sua genialidade inventou de criar: O ser humano. A princípio quando me veio a idéia quase desisti e assim foi um “penso , logo desisto” porque como dizem os mineiros ô trenzinho complicado esse negócio de gente , mas a ousadia venceu e lá vou eu me aventurar nesse mistério, hahaha.
O enfoque da minha viagem nessa criatura linda e estranha é relacionamento. Pensa, certo dia somos capazes de jurar amor eterno, no outro somos capazes de ferir sem medir as conseqüências a mesma pessoa que um dia anterior amávamos. Nos magoamos, magoamos os outros e dado o passar de um tempo como já pensava Nietzsche, há uma eterno retorno de todas as coisas que acontecem, e perdoamos e andamos juntos de novo, e depois como diria Vinicius “De repente e não mais que de repente... fez se do amigo próximo o distante” e distante mais uma vez, ou seja, perdoamos, depois odiamos de novo, depois amamos de novo e isso em uma eterna constante, e para ficar mais bonitinho eu vou dizer “fazemos guerra e depois fazemos amor” ou melhor, acho que a ordem é quase sempre essa " fazemos amor e depois fazemos guerra” e para brincar mais com as palavras “ fazemos amor , depois fazemos guerra e depois fazemos amor de novo” agora chega antes que você desista de ler o restante do texto
A princípio quando começamos a nos relacionar somos envoltos por uma chama de amizade e respeito, e uma certa adoração pela pessoa que consideramos o nosso amor, o nosso amigo e etc, o enxergamos como a pessoa mais perfeita do mundo, a super mulher, o super amigo e o super homem (panpanpan!!!) , mas como a rosa que apesar de linda tem seus espinhos, o tempo passa , os dedos descem , escorregam e tocam nos espinhos, e sangram, e dependendo da profundidade do corte sangra muito, e daí então a realidade bate a nossa porta e percebemos que não existe super homem e nem mulher maravilha, e que a única coisa que somos é muita esquisita, e vou citar Nietzsche de novo, percebemos que somos, “apenas humanos, demasiado humanos” ou seja , seres que apesar de existirem muitos são todos diferentes e de difícil convivência, humanos , pessoas que carregam uma história de vida e são cheios de falhas e algumas qualidades. Nesse instante, o que eu chamo de superação da paixão, se percebe que há um longo caminho a ser percorrido e vai requerer disciplina, que é fundamental para qualquer aprendizado, e o aprendizado do qual falo é o aprendizado do amor.

Agostinho faz uma pergunta que me deixa pensativa e eu vou coloca-la aqui

O que é que eu amo quando amo meu Deus?

O que é que eu amo quando amo meu próximo ?

No incicio amamos o símbolo , o que a pessoa representa, o que eu idealizo e projeto nela ou o que vejo de mim nela, muitas vezes algo que eu anseio em ser, e a morte do símbolo causa dor e chamamos isso de decepção, mas hoje eu acho que é fundamental que o símbolo morra, para que eu ame a pessoa humana que existe por trás dele.