13 de setembro de 2006

Tocando em frente




Ando devagar porque já tive pressa
levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte
mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei..
Conhecer as manhas e as manhãs
o sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumpri a vida
seja simplesmente compreender a marcha ir tocando em frente
como um velho boiadeiro levando a boiada
eu vou tocando os dias
pela longa estrada eu vou
estrada eu sou
Todo mundo ama um dia,
todo mundo chora
Um dia a gente chega
em outro vai embora
cada um de nós compõe a sua história
cada ser em si carrega o dom de ser capaz
de ser feliz
Almir Sater

5 de setembro de 2006

Mal Entendido


A forma como nos comunicamos com as pessoas é uma coisa muita complexa, há uma distância grande entre o que eu penso , o que eu digo e o que o outro entende. Todos temos a necessidade básica de sermos compreendidos. Compreensão por vezes, significa aceitação, acolhimento, e é tudo isso que almejamos quando nos comunicamos com alguém, quando nos relacionamos. Quando olhamos nos olhos do outro buscamos nos ver seguros, compreendidos por esse outro.
O sentimento de ser mal compreendido é horrível, a sensação é de desamparo, parece que o oceano da nossa alma seca. O fato é que muitas vezes somos mal compreendidos por medo de sermos compreendidos de verdade, talvez porque há alguma situação passada (falta de compreensão) que esteja nos prendendo, travando a nossa comunicação e impedindo a liberdade dos nossos verdadeiros sentimentos, e é nesse momento que percebemos que estamos nos fazendo mal compreendidos. Nessas horas, não adianta pensar “dane-se o outro” porque de fato precisamos desse outro.
Eu queria ser mais forte, não ter medo do que pode vir acontecer, pensar que pode ser diferente do que foi, e de fato muitas vezes penso que pode ser diferente, mas tbm há uma distância, entre o meu pensar e o meu agir.
Eu quero ser compreendida, preciso aprender a me fazer compreendida, mas não faço a menor idéia por onde começar.
Não sei se me fiz por entender.

2 de setembro de 2006

Paz


Há dias que o silencio tem sido a minha companhia, não há em mim inquietações.
Toda vez que sento para tentar falar ou escrever é como se as palavras fugissem, se escondessem de min e eu não consigo encontrá-las. Todo esse silêncio é apenas uma necesidade da alma que não deseja se ocupar com nada que não seja a doce paz e a calmaria que eu tenho sentido. Aqui dentro é como se uma guerra cessasse, um acordo de paz foi selado, dos escombros só resta a lembarnça. Já não tenho que temer muitas coisas por conhecê-las bem. Hoje venci alguns monstros, alguns medos , sinto me livre para caminhar , já não há pedras na minha estrada , já não há obstáculos que não possa vencê-los.