27 de outubro de 2005

Pausa poética

Metade
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço,
Que essa tensão que me corroe por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...
poema de Oswaldo Montenegro
Ouça o poema completo declamado pelo autor : http://nadaesperes.blogs.sapo.pt/arquivo/387024.html

4 comentários:

Anônimo disse...

Helen, acho precipitadissíssimo eu dizer isso, mas vou dizer antes que eu esqueça ou seja tarde, percebi uma certa semelhança entre nossas opiniões, sei lá se isso é bom ou ruim.
Boa noite.

Helen Carolina disse...

espero que seja bom, se minhas opiniões forem boas, hehehe. beijos

Anônimo disse...

esse poema é lindo!




Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.

abraços, flores, estrelas.

Anônimo disse...

Já lhe disse pessoalmente, mas direi novamente, este poema e lindíssimo!!!
Beijos